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sexta-feira, 21 de março de 2014

Deputada pede que governo suspenda repasse de verbas ao SBT por conta de opiniões da jornalista evangélica Rachel Scheherazade

Deputada pede que governo suspenda repasse de verbas ao SBT por conta de opiniões da jornalista evangélica Rachel Scheherazade
As opiniões da jornalista Rachel Scheherazade, evangélica e comentarista do Jornal do SBT, levaram a TV de Silvio Santos à mira do governo federal, que estuda suspender a verba publicitária repassada à emissora.
A informação, divulgada pelo Congresso em Foco, revela que a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) pediu ao ministro Thomas Traumann, da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, que estude a possibilidade de cortar o repasse ao SBT como represália à postura da jornalista.
Rachel Scheherazade é conhecida por suas opiniões contundentes, como no caso em que defendeu a liberdade de expressão ao pastor Marco Feliciano (PSC-SP), quando ele era alvo de protestos constantes de ativistas gays. Recentemente, a jornalista tornou-se alvo de críticas de parte da sociedade por dizer que era compreensível que cidadãos se tornassem justiceiros pois a incapacidade do Estado em garantir segurança à população levava os cidadãos ao desespero.
“Em meu espaço de opinião no jornal SBT Brasil, afirmei compreender (e não aceitar, que fique bem claro!) a atitude desesperada dos justiceiros do Rio”, defendeu-se Rachel Scheherazade à época, num artigo publicado na Folha de S. Paulo.
Jandira Feghali acusa o SBT de ter feito apologia e incitação ao crime por deixar a opinião de Scheherazade ir ao ar, e afirma que continuará insistindo em punição à emissora: “A Secom me deu um primeiro retorno dizendo que concorda com o conteúdo do nosso pedido e que estuda quais providências tomar”, afirmou a deputada.
O SBT recebeu, somente em 2012, R$ 153 milhões em verbas publicitárias do governo. Na prática, a medida resultaria na interrupção da veiculação de propagandas do governo na emissora. Como o governo pode subsidiar um canal que tem uma editorialista que incita à violência e à justiça com as próprias mãos?”, questiona Jandira Feghali.
No entanto, o apetite da deputada é maior, e ela estuda pedir a cassação da concessão pública dada ao SBT, o que resultaria na retirada da emissora do ar. Segundo Jandira Feghali, tal pedido só será feito depois que a ação sobre apologia e incitação ao crime for julgada, e a parlamentar não teme que o caso seja taxado como censura: “Não podemos ser coniventes com nenhum crime. O único poder capaz de julgar a proporcionalidade da punição é a Justiça, que dá direito de defesa. Temos de defender o estado democrático de direito”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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