Porque
falar em Línguas – parte 01
Ontem,
quinta-feira, dia 24.05.2012, levei um pequeno estudo sobre o falar em línguas,
e, mais importante, por que falar em línguas.
Gostaria
de lhe pedir algo, somente inicie a leitura desta postagem, se você for ler até
o final, pois caso contrário, não leia agora, apenas quando tiver tempo. Outra coisa,
solicito que leia mais de uma vez, pois com a segunda leitura, haverá uma maior
percepção das verdades contidas nesta postagem.
Existem
igrejas (ministérios) que acreditam no falar em línguas, outros não. Algumas
igrejas acreditam no falar em línguas apenas quando existe alguém para
interpretar. Outros, já creem que o falar em línguas, ocorre quando, por exemplo, um brasileiro começa a falar em alemão sem nunca ter tido contato com o idioma.
É necessário
deixarmos os pré-conceitos um pouco de lado, além daquela opinião anterior já
formada, para que possamos entender a verdade sobre o falar em línguas à luz da
bíblia.
“Ora, o homem natural
não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não
pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”
1 Coríntios 2:14
Um grande
drama enfrentado pela maioria, e, que é um dos motivos de não haver o pleno
conhecimento da palavra, é que tentamos entende-la de forma natural. A bíblia é
um livro natural, mas, deve ser entendimento de forma espiritual, pois fala de
verdades espirituais.
A igreja,
como um todo, tem sofrido deste mau, olhando as coisas espirituais com um olhar
natural, e, isso não vem de agora. Lembra-se de quando Jesus falou para
Nicodemos que ele deveria nascer de novo. Aquele homem, grande conhecedor das
escrituras não compreendeu, e questionou com Jesus acerca de como ele poderia
entrar novamente no ventre da mãe.
Veja,
Jesus falava de uma realidade espiritual (nascer de novo), e Nicodemos pensava
de forma natural (gestação).
Em outra
oportunidade, Jesus pede água para uma mulher. Aquela samaritana nega-se a
falar com Jesus, e, dá-lhe água para beber. De imediato Jesus lhe oferece uma água especial, a, água da vida, e, que se a mulher bebesse nunca mais teria
sede. De um salto a mulher sai de onde está e pede desta água, para que não
mais fosse preciso ela pegar água no poço.
Outra
vez, diante de uma realidade espiritual, aquela mulher não compreendeu, e,
olhou com o olhar natural, sendo este um grande drama enfrentado até os nossos
dias.
Desta
forma passemos a olhar as escrituras de forma espiritual, pois ela trata de
uma verdade espiritual.
Queria
inicialmente afirmar que, ao contrário do que a maioria entende, existe mais de
uma forma de falar em línguas. E, é por isso, que existe uma grande confusão,
pois a maioria não entende esta verdade.
Na realidade,
existem três tipos de falar em línguas, com três funções diferentes e
resultados diferentes.
A bíblia
narra, no livro de atos, a descida do Espírito Santo, no dia de Pentencostes,
da seguinte forma:
“E todos foram cheios
do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito
Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando
judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E,
quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque
cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se
maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses
homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa
própria língua em que somos nascidos? Partos e medos, elamitas e os que
habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, E Frígia e
Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto
judeus como prosélitos, Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em
nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.”
Atos 2:4-11
Algumas
igrejas, somente entendem o falar em línguas, da forma narrada nesta passagem. Ou
seja, se um nacional passar a falar em outro idioma que não seja por ele
conhecido anteriormente, e, que venha a ser entendido por outras pessoas que
saibam falar o idioma.
Em parte está igreja, que pensa desta maneira, não está errada, pois realmente o falar
em línguas desta passagem, faz referencia a este tipo de manifestação do poder
de Deus. O erro encontra-se em entender, e, afirmar, que esta seja a única
forma de falar em línguas.
Esta
primeira manifestação do falar em línguas, tem um objetivo claro. Ela é um sinal de Poder de Deus para os incrédulos.
É importante
ressaltar que esta forma de falar em línguas, se manifesta quando, por exemplo,
eu, brasileiro, que falo apenas português, passo, de forma sobrenatural, a
falar no idioma russo, sem nunca ter ouvido, ou , prendido uma palavra em
russo. Esta manifestação, é um sinal do Poder de Deus.
Iremos,
ao final, compreender que existem três formas de falar em línguas, e, não apenas
uma, como muitos acreditam.
Destaque-se,
que o falar em línguas é uma ferramenta que Deus nos concedeu. E, como sendo
uma ferramenta, tem uma determinada utilidade. Por isso, fique atento para as
ferramentas dadas por Deus, e, quais as suas utilidades.
A segunda
manifestação do falar em línguas, é aquela descrita assim:
“E a outro a operação
de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos;
e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.”
1 Coríntios 12:10
Nesta
passagem, o apostolo fala sobre os dons dados por Deus, para auxiliar no
trabalho da igreja. São ferramentas que podem ser usadas por qualquer pessoa. Nesta
passagem, encontramos a variedade de línguas, como sendo um dom de Deus.
Este
tipo de falar em línguas, é usado na igreja, e, para crescimento da igreja. Observe
que o primeiro tipo de línguas que falei, serve como manifestação do poder de
Deus para o descrente. Já o dom de variedades de línguas, é, para crescimento
da igreja (dom público).
“Que fareis, pois,
irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. E,
se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito
três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete,
esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.”
1 Coríntios 14:26-28
Aqui
paira outro grande confusão, muitos tem entendido que o falar em línguas,
apenas pode ser usado quando houver um interprete presente. Em parte estão
certos.
Devemos
entender que aqui é o dom de variedades de línguas, descrito em 1 Cor. 12.10. O
que ocorre no capítulo 14, do mesmo livro, é uma regra para o uso desta forma
de falar em línguas. Ou seja, quando houver a manifestação do dom de línguas,
deve haver uma interpretação, e, ela ocorre para o crescimento do corpo de
Cristo, a igreja. Por isso, deve haver ordem neste tipo de falar em línguas.
Veja
que já estudamos dois tipos de línguas, a primeira como sinal de poder de Deus,
e, agora, como dom de Deus, para crescimento da igreja.
Alguns
podem está lendo e entendendo tudo, outros apenas em parte, outros não estão
aceitando, pois já tem conceitos bem definidos formados em suas mentes, que
foram aprendido há muito tempo.
Aqui
surge outra dificuldade, o rompimento da barreira do tradicionalismo, daquilo
que aprendemos, e, aceitamos como verdade absoluta. Entretanto, devo destacar
que foi o tradicionalismos dos religiosos que os fizeram perseguir e matar
Jesus. Sabe por que? Porque Jesus pregava a verdade da palavra, mas, aquelas
pessoas entendiam a palavra de outra forma, e, como já era tradição para eles
aquela forma de pensar, não aceitavam a novidade que Cristo ensinava. Entretanto,
Jesus não ensinava novidades, mas, apenas uma verdade não compreendida por
eles.
Assim,
caro amigo, não deixe que a tradição, ou, um conhecimento que foi passado
erroneamente, impossibilite-o de aprender a verdade do evangelho de Cristo.
Por fim,
a terceira forma de falar em línguas, é, aquela que tradicionalmente é usada por
nós cristão, mas, que a grande maioria não compreende a importância deste tipo
de língua.
Porque o que fala em
língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o
entende, e em espírito fala mistérios.
1 Coríntios 14:2
Observe
que coisa interessante, no livro de Atos, as pessoas falavam em línguas, e,
outros não cristãos compreendiam, em 1 Cor 12:10, o dom de línguas eram
interpretadas na igreja por quem tinha o dom de interpretação de línguas, mas,
nesta passagem, afirma que quem fala em língua não é compreendido pelos homem,
mas, apenas por Deus, porque fala mistérios.
Fica
claro que trata-se de um outro tipo de línguas, diferente dos dois primeiros esclarecidos no inicio deste estudo. Veja:
1) No primeiro
tipo de línguas, as pessoas não cristãs, entendia o que era falado, cada um em
seu próprio idioma;
2) No segundo
tipo de línguas, algumas pessoas cristãs conseguiam entender o que era falado, através
do dom de interpretação;
3) No terceiro
tipo de línguas, nenhuma pessoa consegue entender o que é falado, apenas Deus,
pois aqui o cristão fala em mistérios.
Veja
que coisa linda, e, maravilhosa é a revelação da verdade da palavra de Deus, e,
o entendimento espiritual das verdades espirituais que existem na bíblia.
O último
tipo de línguas, é as línguas pessoais, particulares, para crescimento do
indivíduo cristão, e, é uma evidência do batismo com o Espírito Santo
Porque, se eu orar em
língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem
fruto.
1 Coríntios 14:14
Sempre
gosto de afirmar que, quando oramos em mistérios, aí sim, oramos de verdade. Pois
não é minha mente que está orando, nem minha vontade, mas, o meu espírito, como
o apostolo afirma. Façamos uma comparação, ou melhor, uma ligação de
complemento com a passagem seguinte:
“E da mesma maneira
também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos
de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos
inexprimíveis.”
Romanos 8:26
Infelizmente,
temos aprendido, por longo tempo, que deveríamos orar pedido ao Espirito Santo,
que intercedesse por nós junto à Deus, inclusive, tem um louvor bastante
conhecido que fala desta forma, “Espirito
Santo, ore por mim, (...) use as palavras, que eu necessito usar mas, não
consigo. (...) não sei como devo pedir, Espírito Santo, vem interceder por mim”
Por muito
tempo, eu mesmo orava desta forma, mas, glória à Deus, pelo entendimento da
verdade da palavra, pois agora posso viver minha vida com mais esclarecimento da
palavra.
Devemos
lembrar, para entender esta verdade, que quando nascemos de novo, ou seja,
quando aceitamos Jesus em nossas vidas, o Espirito Santo de Deus vem habitar em
nós. Então o Espírito que está em nós, é que intercede. E como ele intercede? Quando
oramos em línguas. ALELUIA.
Quando
oramos em mistérios, nosso espírito ora da forma apropriada. Ele usa as
palavras que não sabemos usar. Aquilo que eu deveria pedir, mas não sei pedir,
quando eu oro em línguas, o Espírito Santo em mim, pedi.
Outra
passagem que fala sobre o falar em mistérios, está em Judas:
Mas vós, amados,
edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito
Santo, Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a
misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.
Judas 1:20-21
Aqui
mora outro erro normal das igrejas em geral. Você com toda certeza já deve ter
ouvido algum falar: “vamos orar no espírito irmãos.” Ou, “irmãos, fiquem em
espírito de intercessão.” E o que a maioria tem entendido sobre orar no
Espírito? A maioria tem entendido que isso é orar na mente. Orar com o
pensamento. O que está errado.
Veja
que nesta passagem ele falar em “orando no Espírito Santo...”, algumas outras
versões falam apenas, “orando no Espírito...”, mas todas trazem a mesma
verdade. Observe que a palavra "Espírito", está escrita com letra maiúscula, e,
desta forma, se trata do Espírito Santo de Deus. Ou seja, quando fala em orar
no Espírito, não é orar no pensamento, ou, com o pensamento, como muitos
erroneamente acreditam, mas, orar no Espírito Santo. Então, pergunto: Como eu
oro no Espírito Santo? Fácil, quando eu oro em línguas.
Desta
forma, fica claro que orar em Espírito, é na realidade, orar em línguas, ou
melhor, em mistério. E, no mesmo versículo, o apostolo ensina que quando nos
oramos em línguas, ou, em mistérios, somos edificados. Em 1 Coríntios, existe a
mesma verdade
O que fala em língua
desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.
1 Coríntios 14:4
Sempre
gosto de ensinar aos meus irmãos que, quando oramos em mistérios somos
edificados. Assim, naquele dia em que estou fraco espiritualmente, é,
justamente nessa hora que devo orar em mistérios, pois haverá fortalecimento
espiritual em minha vida.
Muitas
pessoas dizem estarem fracas, desanimadas, sem fé, ou, esperança. Se formos
analisar, ou pesquisar, a maioria destas pessoas não falam em línguas para se
edificarem. Mas por que? Por que não tem conhecimento desta realidade
espiritual.
Caro
amigo, você está fraco, ore em mistérios. Está com a fé abalada, ore em
mistérios. Está pensando em desistir, ore em mistérios. Seja fortalecido em
Deus, use a ferramenta que Deus te deu.
Outro
ponto ainda importante, é o fato de que muitas pessoas somente falam em
mistérios uma vez perdida por ano. Ou, quando em alguns momentos de oração,
falam duas ou três palavras em mistério. Ora caro amigo, se falar em mistério é
alimento espiritual para minha vida, porque devo falar apenas uma vez por mês. Se
eu falo em mistérios apenas uma vez por mês, com toda certeza, meu espírito
está fraco, pois não está sendo fortalecido.
Veja
este versículo:
Orando em todo o tempo
com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança
e súplica por todos os Santos,
Efésios 6:18
Veja
que o apostolo, nos chama atenção para orarmos em todo tempo, no Espírito. Lembra-se
o que é orar no Espírito? Já entendemos que é orar em mistérios. Assim, os
apóstolo nos adverte que devemos orar em mistério em todo o tempo. Claro,
obvio.
O apostolo,
mais do que ninguém, sabia do efeito espiritual de falar em mistérios, ele
sabia que quando se fala em mistério, recebemos benefícios espirituais, pois é
alimento espiritual, e, desta forma, deveríamos falar em todo tempo, pois estaríamos
sendo alimentados, em todo o tempo.
Veja
que este versículo, se encontra na passagem que fala da armadura de Deus. Não é
a armadura de homens, mas, do próprio Deus. Observe que o falar em mistérios, é
colocado como parte da armadura de Deus.
Desta
forma, fica entendido a necessidade de falar em mistérios em todo o tempo, pois
é fortalecimento espiritual para nossas vidas.
Que Deus
te abençoe bem abençoado, e, até a continuação deste estudo. Não esqueça, leia
mais de uma vez.
Samuel
de Paula Cavalcante